Conta a tradição que antigamente esta região era muito despovoada e quase deserta. Não havia estradas como agora, nem iluminação, nem meios de transporte, enfim esta regiao era bastante perigosa para se andar sozinho mesmo que de dia fosse. Como se não bastasse, era, segundo conta a lenda, muito concorrida de salteadores dos caminhos, que surgiam aos viajantes para os assaltar. Convém dizer que apesar de pouco povoada esta zona de Albergaria, era mesmo assim uma das mais concorridas de Portugal, pois a estrada romana que ainda existe em vestígios nalgumas zonas entre Conimbriga e Santiago de Compostela, era a principal via de acesso do país. De este modo os assaltantes andarem muito pelas margens da dita estrada, já se sabe para que...
Ao sol-posto toda a gente se fechava em casa e não abriam a porta a ninguém que não conhecessem por medo aos assaltantes. Ora certa noite de Inverno, assim como agora, de muito frio, uma velhinha que se perdeu por esses caminhos, veio dar ao povoado e com fome e frio bateu a varias portas a pedir abrigo. Como toda a gente tinha medo de serem ladrões, ninguém abriu a porta à pobre velha.
No dia seguinte pela manhã encontraram-na morta à porta de uma das casas a que sem exalto havia batido na véspera. Toda a gente comentava com pena a morte da pobre velha e diziam contristados." A gente albergaria a velha se soubéssemos que nao eram ladrões a baterem à porta"! Pois, mas a velha já tinha morrido ao frio e com fome.
E assim ficou o nome de Albergaria-a-Velha. Nota: Albergar = dar abrigo a alguém Albergaria = casa onde se dava abrigo Podes procurar nos Paços do Concelho a pedra onde se lê "Albergaria de pobres e passageiros da rainha dona Theresa. . .etc". Essa pedra estava antigamente a indicar um albergue que existia em Assilhó, mandado fazer pela Rainha D.Teresa, para albergar os pobres e passageiros.
Texto retirado do site da Junta de freguesia de Albergaria-a-Velha
